Dedico-lhe um excerto...
"Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.
À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.
Cada um tem aquilo que merece.
E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.
Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti."
...de uma poesia que não é dela.
"... Meu anjo da guarda é uma puta de mãos compridas,
maquilhagem carregada
e dá na fruta, a puta.
Barata, desvairada, escanzelada,
nas veias em vez de sangue corre-lhe cicuta.
Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.
À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.
Cada um tem aquilo que merece.
E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.
Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti.
Bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas.
Uma, duas, três "G"s
Acendemos beatas,
matamos baratas
e arrancamos o que resta do papel de parede.
Vamo-lo rasgando bocado a bocado,
escrevemos frases chungas
com um calhau caiado.
Quatro, cinco, seis,
cantamos a música dos chulos lá fora
e dançamos a nossa valsa tão desengonçada.
Embebedamo-nos de saliva até irmos ao tapete.
Já são oito, nove, dez
e estamos fora de combate."
Fora de combate - Manel Cruz feat. Carlos Nobre (aka Pacman)