quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um excerto "fora de combate"

Dedico-lhe um excerto...

"Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.

 À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.

Cada um tem aquilo que merece.

E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.

Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti."



...de uma poesia que não é dela.

"... Meu anjo da guarda é uma puta de mãos compridas,
maquilhagem carregada
e dá na fruta, a puta.

Barata, desvairada, escanzelada,
nas veias em vez de sangue corre-lhe cicuta.

Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.


 À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.


Cada um tem aquilo que merece.


E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.


Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti.


Bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas.
Uma, duas, três "G"s
Acendemos beatas,
matamos baratas
e arrancamos o que resta do papel de parede.
Vamo-lo rasgando bocado a bocado,
escrevemos frases chungas
com um calhau caiado.

Quatro, cinco, seis,
cantamos a música dos chulos lá fora
e dançamos a nossa valsa tão desengonçada.
Embebedamo-nos de saliva até irmos ao tapete.
Já são oito, nove, dez
e estamos fora de combate."

Fora de combate - Manel Cruz feat. Carlos Nobre (aka Pacman)

domingo, 10 de janeiro de 2010