sexta-feira, 16 de abril de 2010

O diário do meu último plano

 

Quando decidi escrever "o diário do meu último plano" estava longe de imaginar a repercussão do mesmo.

Comecei então a acreditar que não há encontros por acaso nas nossas vidas e que toda a gente com quem nos cruzamos é posta no nosso caminho por um motivo.

Percebo agora, mais do que nunca, porque se diz que nunca se deve desejar algo demasiado.. sob pena de se realizar.

Feche-se então o Primeiro Capítulo, que ao "morde-me com o querer-me que tens nos olhos", dispo-te em sonho ante o sonhar-te vendo-me.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um excerto "fora de combate"

Dedico-lhe um excerto...

"Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.

 À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.

Cada um tem aquilo que merece.

E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.

Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti."



...de uma poesia que não é dela.

"... Meu anjo da guarda é uma puta de mãos compridas,
maquilhagem carregada
e dá na fruta, a puta.

Barata, desvairada, escanzelada,
nas veias em vez de sangue corre-lhe cicuta.

Ela ama-me,
pelo menos diz que sim
e eu sinto o mesmo por ela.


 À noite fico à espera que entre pela janela,
conta histórias doidas enquanto me adormece,
e eu sorrio.


Cada um tem aquilo que merece.


E bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas sem me fartar,
sem quase nunca me fartar.


Podíamos ficar nisto o resto da noite,
em lugar nenhum,
no meio de um sonho,
no meio de mim,
no meio de ti.


Bebo as palavras e quase que me engasgo.
São belas. Perco-me nelas.
Uma, duas, três "G"s
Acendemos beatas,
matamos baratas
e arrancamos o que resta do papel de parede.
Vamo-lo rasgando bocado a bocado,
escrevemos frases chungas
com um calhau caiado.

Quatro, cinco, seis,
cantamos a música dos chulos lá fora
e dançamos a nossa valsa tão desengonçada.
Embebedamo-nos de saliva até irmos ao tapete.
Já são oito, nove, dez
e estamos fora de combate."

Fora de combate - Manel Cruz feat. Carlos Nobre (aka Pacman)

domingo, 10 de janeiro de 2010

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Feliz Natal para os doce anestesiados =D

Junto de quem amam.
Com muitos presentes..
Com mais ou menos disto...
E mais ou menos daquilo...
Com mais ou menos... blá, blá, blá... estaria aqui a noite toda...

Quero dizer que vos desejo um Natal que vos deixe felizes à vossa maneira.

Tipo ele.. er.. ou não =\


The Boy with Nails in his Eyes.


The Boy with Nails in his Eyes
put up his aluminium tree.
It looked pretty strange
because he couldn't really see.

Tim Burton, em The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

My "Christmas" message...


True love will find you in the end
You'll find out just who was your friend
Don’t be sad, I know you will,
But don’t give up until
True love finds you in the end.

This is a promise with a catch
Only if you're looking will it find you
‘Cause true love is searching too
But how can it recognize you
Unless you step out into the light?
But don’t give up until
True love finds you in the end.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Não há tempo..


Infelizmente ando sem tempo, ou pelo menos aquele que gostaria, para este meu pequeno espaço.

Ou deverei dizer, felizmente ando sem tempo?

É que de facto ando demasiado bem ocupado, para bem dos meus pecados.

Ainda assim e pelo respeito que os meus dedicados leitores me merecem, deixo aqui esta nota em jeito de "pseudo"justificação, para esta minha feliz ausência :)


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

13


Esta é a 13ª mensagem, portanto não vou escrever muito... não vá ela trazer-me azar!

domingo, 22 de novembro de 2009

Quem espera...


De novo.. me fazes esperar por ti..

Confesso que sei que nunca cumprirás os nossos horários. Confesso a mim mesmo que gosto destes teus pequenos atrasos. Porque sei que são por mim e porque me deixam pensar um pouco mais em nós.

Recebo-te com um sorriso maior do que se alguma vez tivesses chegado à hora marcada, conceito que nunca existirá, e no fundo não sei sequer se quero, se bem que nunca te confessarei.

A sensação de voltar a ver-te é sempre única e está a tornar-se cada vez mais especial, mesmo quando não te vejo há apenas meras horas.

E sei que adoro voltar a mergulhar nos teus olhos negros que recebem o brilho dos meus e me autorizam a conhecer um pouco mais da tua alma.

(bridge...)

"... Por ela assalto a caixa de esmolas
Atirem-me água benta
Com ela eu desço ao inferno de Dante
Atirem-me água fria".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um simples post


Num mural, algures lá fora, li um dia destes que "...uma "coisa" não é só o que Observamos mas também o que Significa."

Uma frase simples que inconscientemente me fez logo pensar em algo (ou alguém...) que gosto realmente.

Enquanto me afastava do mural, acompanhado em pensamento pelas "coisas" que muito significam para mim, lembrei-me.. E então em que pensarão todos aqueles que também lêem esta mensagem? Em milhões de coisas? Em nada? Pensarão no que eu penso sobre o que eles poderão pensar? Ou será que poucos a lêem com a dignidade que ela merece?

Por isso espero que este post depois de lido (por poucos, é certo) deixe de ser um simples post. Que em primeira análise não tenha grande significado, mas que de uma forma ou outra vos faça pensar em algo a que dão de facto imenso significado.

No momento que desliguem deste post perceberão o verdadeiro significado dele e o peso destas palavras que também me fizeram parar.

Se por outro lado chegaram a este parágrafo sem parar um pouco, então na prática não leram este simples post devidamente. Permitam-me sugerir que voltem ao primeiro parágrafo e fiquem por lá :)


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sonhos?


Por vezes paro um pouco para pensar em tudo isto que me rodeia. Esta coisa que vulgarmente apelidam de mundo. Esta máquina cheia de engrenagens, tubos e fios, e que traz consigo dias que me fascinam e outros tantos mais vazios.

Nestes últimos canso-me facilmente de muitas coisas, senão quase tudo. Cansa-me o óbvio, o fácil, o simples "falar para não estar calado" ou o "escrever só para parecer que se escreve", e que me aparece em qualquer esquina sempre que "saio à rua".

Confesso que regra geral prefiro mil vezes o silêncio a uma conversa muda ou simples reticências a uma longa prosa desprovida de qualquer significado. Mas a sensação que tenho é que cada vez escuto e observo mais e mais do mesmo. E percebo que não há o bom senso, nem o mínimo esforço para melhor o que quer que seja, o que considero mais grave ainda.

Provavelmente serei diferente da maioria por não me contentar com muito do mesmo, por muito tempo.

É nesses dias vazios que desejo piamente que esta maquiavélica máquina por engrenagens orquestrada me surpreenda de novo.

E enquanto espero, sonho.

Sonho..

Sonhos? Tenho muitos. Uns concretizáveis, outros também.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Invenções à parte

Quem inventou o tempo deveria ter tido o cuidado de o inventar com mais tempo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem sabe...


"Quem sabe eu não vos quero bem
Quem sabe eu nem sou ninguém
Quem sabe eu não sei quem

Quem sabe eu sou quem queria ser
Quem sabe eu nunca o vou saber
Quem sabe eu sou bem melhor

Quem sabe o medo é minha cruz
Quem sabe o medo é meu motor
Quem sabe o medo é luz

Quem sabe eu não estou só a tentar
desesperadamente uma razão
para seguir, para não parar
pois tudo se passa sem eu ver
Tudo se passa sem eu ver."

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

I'm back in town again


Definitivamente viajar é das experiências mais enriquecedoras que podem existir.

Depois de nas últimas semanas me ter ausentado e "cruzado" com mais algumas capitais europeias, voltei, e volto sempre mais rico. Isto porque trago comigo usos, costumes, sabores.

Trago palácios gigantescos, museus, catedrais, castelos, jardins a perder de vista.

Trago avenidas salpicadas de imponente arquitectura e ruas que findam em pitorescas praças. Trago pontes e rios.

Trago galerias, exposições e concertos. Trago comigo arte e cultura de outros que depois de vivida me faz sentir quase no direito de a poder reclamar um bocadinho "minha".

Trago tudo isto e muito mais, ou aos vossos olhos poderei até ter trazido muito pouco.

E terei eu trazido alguma coisa? Estou convicto que sim e ninguém me poderá convencer do contrário. Quando viajo tenho o cuidado de trazer sempre bocadinhos de outros mundos que aproveito para fundir ao meu, alargando horizontes.

E enquanto aprendo e vivo a história de outros, trato também eu de ir escrevendo a minha..


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Imagina


Chegas, e a sala já de si cheia de vida pelas conversas e boa disposição, ganha (para mim) um brilho especial.

Beijo-te.

Um cumprimento que se quer informal mas que ambos sabemos começar a querer mais pessoal.

E nesse instante imagina que os meu lábios deslizavam suavemente pela tua face até ao teu ouvido dizendo: "- Imagina que os meus lábios encontravam os teus."

E enquanto os lábios se cruzassem na viagem de volta, os meus olhos encontrariam os teus, sussurrando-lhes: "- Imagina que os meus dedos se entrelaçavam na tua cintura e os teus nos meus ombros, trazendo-nos mais para nós, sentindo meu o aroma adocicado da tua pele."

Imagina.

Beijo-te. Sorrio. Devolves-me o sorriso. E nesse instante os meus olhos lêem a alma dos teus, que me gritam: - Imagino.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Melhor que dar o peixe ao homem...

"Pescar alguém do signo de Peixes pode ser fácil, mas mantê-lo é outra história completamente diferente. Não pense em possuí-lo nem tão pouco ache que o conseguiu agarrar; ele é escorregadio como um peixe e fugidio como um reflexo na água.

Sendo o último signo do Zodíaco e é nele que se sintetizam os processos de todos os signos anteriores. Nada abala a sua tranquilidade e embora à superfície as suas águas possam parecer bastante agitadas, no fundo do oceano tudo está em paz.

Fonte de emoções profundas e apaixonantes que nem sempre sabe o que fazer com as suas emoções; em consequência disto é vítima de constantes mudanças de humor. Por um lado, sente dificuldade em tomar consciência da sua própria identidade e por outro, corre o risco de carregar o pesado fardo de toda a humanidade.

Sonhador nato, vive num mundo onde imperam a esperança, a amizade e o amor. Encarar a dura realidade não é uma tarefa fácil para os nativos de Peixes, principalmente quando se esta não corresponde aos seus sonhos, alimentados sempre com tanta esperança e imaginação.

Se os nativos de Caranguejo e Escorpião são intuitivos, os nativos de Peixe são ainda mais. Têm uma intuição muito forte e, nas suas decisões, muitas vezes ignoram a lógica e a razão, não reagindo racionalmente. Muitos dos seus actos são comandados pelos sentimentos e o seu idealismo e inspiração fazem deles pessoas intuitivas e, por vezes, produzem verdadeiros génios (Einstein era pisciano!).

Extremamente sensível, tudo o que acontece à sua volta interfere na sua personalidade. Os Peixes só conseguem ver o melhor das pessoas que, se imperfeitas, só merecem a sua ajuda e compreensão.

Se há alguém que se pode gabar de conhecer o amor esse alguém é sem dúvida o nativo de Peixes que, quando se apaixona, só lhe falta morrer de amor. No relacionamento amoroso é romântico, sensível, muito dedicado, carinhoso e pode gabar-se de conhecer o milagre do perdão e a grandeza do amor incondicional, mas por vezes falta-lhe um pouco de malícia no meio de tanta inocência."

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Esta porta aberta...


Uma porta aberta pode ter os mais diversos significados. Pode ser um doce convite a entrarmos ou visto de uma perspectiva completamente oposta, um convite forçado para abandonarmos um lugar.

Só para trocar as voltas começo pela segunda opção, e sinceramente não me parece nada agradável a perspectiva de uma porta se abrir como convite à nossa saída. Deixar alguém pelas costas não é algo que se deva fazer, tenhamos nós maior ou menor motivo. Ainda assim, quando esse cenário se perfilar tenhamos a perspicácia para saber abandonar a sala um pouco antes do convite se formalizar. Sei que por vezes não é assim tão fácil saber ser sensato a esse ponto, mas quem o souber fazer sairá sempre de cabeça erguida.

Quanto à primeira opção não deixa ela também de ter algumas interessantes perspectivas, isto porque à partida nunca poderemos saber o que se esconde por detrás de uma porta se não a abrirmos e no mínimo espreitarmos lá para dentro. Se depois decidirmos entrar, resta descobrir o que a sala esconde ou nos quer revelar, se os perigos mais temidos, algo simplesmente diferente do quotidiano ou o quotidiano muito mal disfarçado de algo.

E se algum dia acharem que o tédio lá fora é mais apelativo que o destas quatro paredes, não culpem ninguém e lembrem-se que afinal de contas foi apenas a vossa ousadia/curiosidade quem vos fez cruzar esta porta.

E então, já decidiram se querem entrar ou preferem avançar para a porta seguinte? ;)

domingo, 11 de outubro de 2009

Back to reality


E chegada esta hora tenho de enfrentar a dura realidade. Pois é, as coisas boas não duram para sempre e amanhã volta-se à bela "vidinha", atarefada, e em que só há tempo para trabalhar.

Podem servir o próximo fim de semana com a maior brevidade possível?

A gerência agradece.

sábado, 10 de outubro de 2009

Mensagem vaga...



Já tentei escrever este post umas 3 vezes, e apaguei tudo. Já lhe mudei o título outras tantas.

Basicamente apetece-me escrever mesmo sem saber sobre o quê.

Será o "respeito" por este espaço que me leva a fazê-lo, isto porque não sou uma pessoa de deixar projectos a meio, não que um (este) blog seja um projecto, longe disso, mas o que é facto é que hoje este blog quase vazio inquietou-me a alma, que contrariamente ao blog de vazio nada tem.

Portanto decidi aqui deixar esta mensagem vaga.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prólogo



Havia algo naquele dia que o tornaria especial. E assim foi. Aquela janela temporal não foi de todo em vão.

Tal como na Odisseia de Ulisses, quando te aproximaste, uma calmaria mortal se abateu sobre mim, deixando para trás as Sereias, Cila e Caribde.

Que este prólogo nunca encontre o seu epilogo ou se distancie dele por tão longos anos que eu mal recorde o dia em que escrevi estas linhas, porque há histórias que se devem prolongar pela eternidade.